quinta-feira, 30 de junho de 2011
Betty Milan, Colunista da Revista Veja
Betty Milan, Colunista da Revista Veja
Simpósio USS
O vigor por que passa a historiografia brasileira dedicada ao período colonial tem levado os historiadores a encarar temas clássicos da história do Brasil com novos olhares, novas abordagens, novas perspectivas. Temas como a administração, o comércio, as lutas políticas são revisitados pelos historiadores que têm oferecido alternativas a certas concepções vistas até então como estabelecidas. Assim, as relações comerciais, tantas vezes analisadas em suas relações com a metrópole, passam a ser captadas não apenas com espaços internos da colônia, mas com outros espaços coloniais do imenso império marítimo português. As instituições da governança, como as Câmaras Municipais, as Misericórdias, as Milícias, Provedorias e Juntas da Real Fazenda, outrora vistas como meras reproduções de suas congêneres européias são estudadas, mais recentemente, como instâncias dotadas de dinâmica própria. De outra parte, as lutas políticas, que ganharam expressão nos conflitos de jurisdição, nas rebeliões, nos quilombos, e nas Inconfidências no apagar do século das luzes, não mais podem ser encaradas como conflitos que opõem irremediavelmente interesses metropolitanos e interesses coloniais. A mesa “Instituições, comércio e tensões políticas: abordagens do Brasil Colonial” pretende reunir trabalhos que estejam antenados com esses temas e que pautem, sobretudo, pela diversidade de abordagens sobre a América portuguesa.
Comentador da Mesa:
Renato Franco, Doutorando do Programa de Pós-graduação em História Social da USP. Pesquisador e Professor da FGV. renfranco@gmail.com
Coordenadores da Mesa:
Luiz Guilherme Scaldaferri Moreira, Doutorando do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal Fluminense (PPGH –UFF). Professor da Universidade Veiga de Almeida. lgmoreira@ig.com.br
Marcello José Gomes Loureiro, Doutorando do Programa de Pós-graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGHIS–UFRJ).marcelloloureiro@yahoo.com.br
Gefferson Ramos Rodrigues, Doutorando do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal Fluminense (PPGH–UFF). geffersonhistoria@yahoo.com.br
terça-feira, 28 de junho de 2011
Coluna do João Gilberto
O MUNDO PELA ÓTICA DOS OBJETOS
A professora Lourdes é coordenadora do curso de design. Fiz uma cópia de um filme que assisti, Reflexões de um Ventilador, e deixei o seguinte bilhete:
"Este é um filme alternativo, o que significa dizer objetivamente: agrada uns e desagrada a outros, provavelmente, em maior número. Mas quando o assisti, pensei em algo que pode ou deve ser compreendido somente por um designer. O homem produz coisas, expressando suas múltiplas facetas: o objeto é a exteriorização da multiplicidade humana - creio, com a devida vênia dos especialistas. Mas, e se fosse possível ver o mundo por meio dos objetos? Algo que somente a ficção permite: o nosso mundo pela ótica de um liquidificador. Como diria a galera da primeira idade: sinistro, não?"